Uma das preocupações relativas à relação entre formação, profissão e emprego, reside precisamente na noção de que esta relação se manifesta cada vez mais precária, incerta e multifacetada nas sociedades contemporâneas. Este facto deve-se aos problemas complexos inerentes ao ingresso e permanência no mercado de trabalho, bem como a recorrência a núcleos de novas competências que permitam uma maior adaptabilidade e versatilidade dos indivíduos, assumindo-se, neste último caso como uma mais valia. A promoção das competências gerais entre as quais se insere a capacidade empreendedora, surgem das relações significativas que os sujeitos estabelecem com os diversos contextos de desenvolvimento em que se vão inserindo. A competência empreendedora assume-se como primordial para a concretização das aspirações e dos desejos profissionais dos indivíduos, contribuindo para uma gestão sistemática das suas carreiras e dos seus itinerários pessoais.