Passadas quase duas décadas de hegemonia ideológica neoliberal, são hoje visíveis, nomeadamente através dos indicadores disponíveis relativos às desigualdades e à exclusão social, os efeitos das políticas que promoveram a precarização do emprego e vulnerabilização de outros direitos sociais. A equação competitividade cidadania parece assim expressar a única alternativa capaz de constituir um novo consenso social. O texto que aqui se desenvolve procura precisamente enunciar algumas das linhas de análise que atravessam este debate. Nele as problemáticas de competitividade e cidadania são consideradas dimensões articuláveis através de um novo papel que a educação e a formação deverão necessariamente assumir.