Num cenário de mudança como o determinado com a integração plena de Portugal na Comunidade Europeia, os desafios colocados às PME nacionais prendem-se cada vez mais com a capacidade de adaptação que revelarem.

Nesta perspectiva, mais importante que um exagerado grau de especialização parecem ser as características de polivalência dos trabalhadores das PME. Advoga-se, assim, a prática de acções de formação profissional que conferindo, por um lado, perícia no desenvolvimento das tarefas quotidianas, confiram também aos trabalhadores um nível elevado de capacidade de adaptação às novas regras que todos os dias são ditadas ao jogo da actividade económica.

Num cenário de mudança, haverá que optar por estratégias que permitam à PME nascente ou já em actividade manter as suas virtualidades, estimulando a abertura a novas práticas de gestão, de tal modo que a sua adopção conduza a um acentuado aumento de competitividade. Por tal motivo, uma atenção especial deve ser dada à formação dos chefes de empresa, dirigentes e quadros superiores ou médios.

O segundo texto analisa a importância das pequenas e médias empresas no tecido produtivo português, solicitando aos sectores de actividade com predomínio de PME a criação de emprego e a formação profissional no período de um década (1982-1992).