Após uma evolução positiva do mercado de trabalho entre 1988 e 1991, constata-se actualmente a sua retração, sendo esta caracterizada, essencialmente, pela não criação de emprego e pelo aumento do desemprego, sustentado por um fluxo de entradas recentes de indivíduos de ambos os sexos, mas com predominância do sexo masculino, adultos e que perderam um emprego. A análise desta questão torna-se tanto mais pertinente quanto no conjunto das grandes preocupações dos principais agentes sociais voltou a figurar o risco de exclusão social face às tendências apontadas e em relação às quais urge tomar medidas no sentido de impedir a sua agudização. Nesta perspectiva, o cenário de desenvolvimento que consideramos mais propício ao crescimento económico e do emprego, é aquele em que se aposte na especialização por produtos e por tecnologias, assente em critérios de inovação e numa política de valorização dos recursos humanos, isto é, promovendo uma flexibilidade qualitativa com base no aumento da produtividade e da qualidade do emprego.